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Roger Gracie assina com Braus Fight e dá 7 dicas inestimáveis de Jiu-Jitsu

Confira as dicas de Roger para melhorar seu Jiu-Jitsu. Foto: Divulgação

Dez vezes campeão mundial na faixa-preta, Roger Gracie assinou com a Braus Fight, nossa parceira de longa data. Para comemorar esta união, GRACIEMAG traz para você, amigo leitor, sete dicas que Roger Gracie dividiu com nossa reportagem para evoluir seu Jiu-Jitsu e melhorar seu desempenho nos tatames. Confira!

1.  Mantenha-se calmo: “Sempre que alguém estranha o meu temperamento tranquilo, eu costumo dizer “perder o controle é perder a luta”. Se o sujeito que está sofrendo um golpe decide se debater de qualquer maneira para sair da posição, ele está simplesmente se movimentando a favor do ajuste do golpe. O bom lutador deve ser paciente. Se você se debater, vai perder oxigênio mais rápido e pode tomar decisões precipitadas. Começar a nadar de qualquer jeito pode levar um náufrago ainda mais para o fundo. Agora, se ele estiver tranquilo, pode chegar à tona com facilidade.”

2. Seja criativo: “Tenha mente aberta e deixe fluir a sua capacidade de criação e adaptação. Mudei meu armlock da guarda fechada quando um faixa-branca fez uma pegada esquisita no meu kimono e me senti desconfortável. Vi que ali tinha um caminho e desenvolvi uma inovação.”

3. Acredite na sua capacidade: “Muitos lutadores já estão derrotados antes mesmo de o combate começar. É uma questão mental… Não tenho a intenção de parecer arrogante, mas é preciso dizer a si mesmo que você está indo para ganhar e que você tem a capacidade de realizar tal feito. O lutador precisa estar convicto da própria capacidade. O mundo competitivo no mais alto nível não tolera dúvidas, confie no seu potencial.”

“Perder o controle é perder a luta”. Foto: Divulgação

4. Use seu peso: “Embora pareça óbvio, pouca gente faz o que realmente é necessário: usar o próprio peso para amassar o adversário. Quando estou por cima, independente de qual passagem eu quero usar, estou sempre usando o meu corpo e me empurrando em cima do oponente, distribuindo o meu peso, preocupado em jamais transmitir a sensação de leveza ao guardeiro. Minhas passagens não têm nada de complexas ou especiais, a não ser o fato de que estou constantemente calculando e recalculando o meu posicionamento, a fim de não dar espaço para o adversário. A lógica é a seguinte: quem está embaixo precisa de espaço para se mexer e, assim, buscar a reposição, as raspagens ou as finalizações. Se você dá espaço, joga o peso para trás, o adversário fica livre para se mexer. Agora, se você projeta o seu corpo para cima dele, o guardeiro tem que absorver o seu peso, logo não vai se movimentar com eficiência.”

5. Aumente a dificuldade do seu treino: “É preciso se pôr em situações de real perigo no treino. Se você treina contra um ataque ineficiente, sua defesa será ineficiente também. E vice-versa.”

6. Não é força, é jeito: “O que eu vejo com frequência hoje em dia são lutadores que investem bastante na força muscular e por meio dela conseguem se livrar de alguns ataques na base da força ou da explosão. Acontece que se eles cansarem vão ser obrigados a bater. Isso também gera outro problema. Quando o sujeito se vicia a sair de uma posição à base de força e quer se desvencilhar do golpe de qualquer maneira, ele não aprende a raciocinar a respeito do mecanismo do movimento. O pulo do gato é entender o porquê das coisas. Saber por que razão o estrangulamento está dando pressão ou não. Assim fica mais fácil de se posicionar, procurar a alavanca do adversário que oferece o principal apoio para o ataque e desarmá-la.”

7. Priorize o Jiu-Jitsu: “Para ficar preparado fisicamente para lutar Jiu-Jitsu, treine Jiu-Jitsu o máximo que puder. Outras atividades podem ajudar, mas também podem atrapalhar. Se você faz muita musculação, você pode ficar duro, e o Jiu-Jitsu requer mobilidade e flexibilidade. Você pode correr o quanto quiser, mas isso não será tão eficiente quanto treinar várias sessões com intervalos curtos entre os rolas, para acostumar seu corpo com a dureza da competição. Se você quiser ter pegadas fortes no kimono, malhar não é o principal. Melhor é treinar e fazer o máximo de esforço para que elas não sejam quebradas pelos colegas durante o treino.”

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